quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A volta das privatizações?


Clara Roman

Aeroportos leiloados




A impressão dos jornais, colunas e especialistas depois dos leilões que concederam três dos maiores aeroportos brasileiros à iniciativa privada é de que, depois de anos de oposição ferrenha ao processo de desestatização nos governo Collor e Fernando Henrique Cardoso, o PT cedeu e iniciou uma nova era das privatizações. No Twitter, Elena Landau, presidente do BNDES no governo FHC comemorou a “vitória”: “Hoje é dia muito importante: o debate sobre privatizações se encerrou… e nós ganhamos”. Pouco depois, satirizou a presidenta: “Hoje me aposento e passo o bastão: Dilma é a nova musa das privatizações”.
Especialista rebate 'consenso' de que com concessão de aeroportos, PT inicia uma nova era das privatizações. Foto: Elza Fiúza/ABr
“O PT privatizou”, “A privatização está de volta” “O PT mudou”. Esse era o tom geral das manchetes e artigos nos jornais da terça-feira. Os sindicalistas do PSDB fizeram questão de aplaudir Dilma.
“A privatização promovida pelo governo Dilma demonstra, na opinião do Núcleo Sindical do PSDB-SP, que houve amadurecimento na mentalidade estatizante que o partido da presidente pregava nos anos 90″, declararam em nota.
No leilão na bolsa de valores de São Paulo, na segunda-feira 6, o aeroporto de Guarulhos foi adquirido pelo consórcio da Invepar (formada pelas empresas de fundo de pensão Previ, Funcef e Petros), a construtora OAS e a operadora estatal sul-africana ACSA, com lance de 16,21 bilhões e ágio de 373,5%.
O aeroporto Juscelino Kubitschek em Brasília, principal centro de distribuição de voos no Brasil, foi concedido ao consórcio Inframerica, das empresas Infravix e a argentina Corporación America, com lance de 4,5 bilhões e ágio surpreendente de 673%. Viracopos, de Campinas, ficou com a Triunfo e a francesa Égis, que administra 11 aeroportos em países africanos.
A comparação foi feita com as privatizações da década de 1990 parte do Plano Nacional de Desestatização. Na época, empresas como Usiminas, Vale do Rio Doce, Eletropaulo, Banespa, Embratel e Telebras foram vendidas ao capital privado. No entanto, como explica Gilson de Lima Garafalo, professor dos cursos de economia da Universidade de São Paulo (USP) e da PUC-SP, os dois processos são muito diferentes.

Agora, a transferência foi feita por meio de concessões – a empresa não é vendida, mas “emprestada” por um período de tempo. O governo repassa aos compradores a administração dos aeroportos para esses consórcios, mas continua “dono” do negócio e, portanto, com maior possibilidade de fiscalização. O mesmo foi feito com rodovias, como a Fernão Dias, e rodoviárias, como Tietê e Jabaquara,em São Paulo. Além de reaver a empresa depois de um período, o modelo de Dilma Rousseff blindou possíveis demissões em massa ao manter a Infraero com 49% desses aeroportos e estipular investimentos obrigatórios.
“Na privatização, o novo dono racionaliza todo processo produtivo, o que vai passar pela demissão de pessoas. O PT, dentro de seu corporativismo, não queria quadro de demissões”, diz ele.
Da maneira que foi feita, com uma série de empreendimentos previstos, o mais provável é que o corpo de funcionários tenha de ser ampliado. Até a Copa do Mundo de 2014, são estimados 2,9 billhões de reais em investimentos nos três aeroportos. Além disso, a Infraero fica como um braço da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), órgão do governo responsável por fiscalizar esse segmento.
“O governo [FHC] precisava de dinheiro para resolver o déficit de caixa e não tinha condições de acompanhar avanços tecnológicos que aconteciam”, explica Garafalo, sobre a necessidade das privatizações no mandato de Fernando Henrique.
“Mas foi vendida a totalidade das empresas estatais e não resolveu problemas de caixa, por conta da má-administração dos recursos”, diz. Segundo ele, o dinheiro da privatização foi usado em despesas correntes, sem reduzir o déficit público e nem aumentar investimentos públicos.
A ideia dessas concessões é de que, até a Copa de 2014, os aeroportos ganhem investimentos em infraestrutura e operem com capacidade para receber o contingente de turistas que virão ao país nos megaeventos dessa década. A concessão seria interessante para desburocratizar e, portanto, acelerar o processo, uma vez que dispensaria o processo de licitações e concorrência para a contratação, além de outros entraves da administração pública. “O Brasil não podia mais perder tempo: a Copa do Mundo está aí”, afirma o especialista.
Para ele, a concessão da segunda-feira 6 foi feita de forma inteligente, resultado de um aperfeiçoamento desse sistema nos últimos anos.
Ficou dentro da casa
Assim como na época de FHC, o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) será o principal financiador dessas empresas. A instituição deve financiar cerca de 60% das obras civis e 80% da aquisição de equipamentos. Na época de FHC, o banco chegou a fazer aportes de 100% da compra, como no caso da Eletropaulo.
Além dos 49% da Infraero, a concessão do aeroporto de Guarulhos ficou “dentro de casa”, segundo Garofalo, ao ser comprada por consórcio com a empresa Invepar, que inclui os fundos de pensão estatais Previ, Funcep e  Petros. “Foi placa branca, no caso de Guarulhos”, diz.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Fim do Chulé: Nova Meia Elimina Bactérias do mau Cheiro nos Pés.


Remédio contra chulé
NOVOS ARES
Do blog BananaPost
Tênis e sapatos enfim poderão ficar livres daqueles fedores e maus odores de tal concentração e intensidade que, não raro, chegam até a empestear todo o ambiente quando descalçados.
O constrangimento do chulé que acomete milhões de pessoas será combatido a partir de agora com um revolucionário tecido antibacteriano para fabricar meias que não produzem mau cheiro após seu uso e, de quebra, também não causam problemas na pele, como coceiras e fungos.
A novidade foi desenvolvida pelo Centro de Inovação Tecnológica (CTF) da Universidade Politécnica da Catalunha (UPC) e a empresa Sutran, que já comercializa um modelo de camiseta que não deixa manchas ou cheiro de suor.
Para produzirem o tecido, os pesquisadores usaram fibras de celulose, geralmente utilizadas para fins médicos, com uma solução de zinco e outros componentes que funcionam como bactericida.
Além de evitar o mau cheiro e evitar fungos e coceiras, a meia é muito útil para pessoas que sofrem de hiperidrose (suor excessivo) e esportistas. As propriedades estruturais do tecido são excelentes para absorver umidade.
Outra boa notícia é que o tecido pode ser utilizado na fabricação em geral de outros tipos de roupas.
Atualmente, os produtos têxteis comercializados para evitar o mau cheiro provocado pelo suor utilizam como agente bactericida a prata, elemento que tem causa efeitos colaterais na pele, como dermatose, fungos e coceiras.
Os pesquisadores do CTF comprovaram que o zinco aplicado na fibra elimina 99,8% da presença dos microorganismos Staphylococus ærus e 97,8% do Klebsiela pneumoide, bactérias resistentes que causam o mau cheiro.
O Centro de Inovação Tecnológica da Catalunha foi inaugurado em 1972 e é especializado no desenvolvimento de novas estruturas têxteis para aplicações técnicas e inteligentes.

Com Último Segundo e imagem obtida em Ads of the World


sábado, 28 de janeiro de 2012

Dilma espinafra ideologia de FHC



    Foi no Fórum Social de Porto Alegre.

    A Presidenta preferiu não ir a Davos.

    Para quem leva a sério os salamaleques e as piruetas da boa educação, quando se trata de assunto sério, a Presidenta traça uma linha no  chão e mostra: Cerra e FHC, que aplicaram ao Brasil a ideologia e o preconceito social embutidos no neolibelismo (*) estão do outro lado.

    Do lado da estagnação e do desemprego.

    Ela, que nunca mudou de lado, como os outros dois, está  com o Nunca Dantes: pleno emprego e renda em alta, como reconheceu, humilhado, nesta sexta-feira, o guardião do neolibelismo (*), o setor de Economia (?) do Globo, onde se abriga, no fundo da caverna a Urubologia.

    Veja o discurso da presidenta em Porto Alegre :

    Paulo Henrique Amorim

    (*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

    terça-feira, 17 de janeiro de 2012

    Escândalo do ‘estupro’ no BBB 12: de quem é a responsabilidade?

    Estupro Big Brother Brasil
    OS ‘TERCEIROS’
    O que aconteceu no programa Big Brother Brasil, da TV Globo, é o que se pode chamar de crônica da tragédia anunciada. Já para a edição do ano passado o Estadão noticiava que até as bebidas das festas seriam mais fortes: “Vai ser power… chega de bebida de criança”, decretou o diretor do reality show.
    Boninho deu dicas de como seria o programa de 2011: “Nada é proibido no BBB, pode fazer o que quiser”, escreveu em seu perfil no Twitter. “Esse ano… liberado! Vai valer tudo, até porrada”. Agora, em 2012, a instrução do chefe foi levada ao limite extremo por um dos participantes de juízo mole.
    Enfim, diante do escândalo em que a Globo se meteu, o blogueiro Luis Nassif foi outro que deu também uma boa levantada de bola, no post Por que o BBB tem que ser proibido:
    1- Intimidade e privacidade são bens indisponíveis. Isto é, não é dado a outras pessoas invadirem esse tipo de bem jurídico. É um direito individual, inalienável e intransferível. Somente a própria pessoa – por ela própria (não por meio de outro) – pode abrir mão desse direito.
    2- Exemplificando. A legislação não pune a autolesão. Mas pune quem induz ou pratica a lesão em terceiros, mesmo com sua autorização. Não pune a tentativa de suicídio, mas quem induz. Não proíbe a prática de prostituição, mas pune quem explora. Esses princípios derrubam a ideia de que basta a pessoa autorizar para que sua intimidade possa ser exposta por terceiros.
    3- Tem um caso clássico na França do “lançamento de anões”. Um bar tinha uma atração que consistia em lançamento de anões. A prática passou a ser questionada nos tribunais. O depoimento de um dos anões foi de que dignidade era ter dinheiro para sustentar a família. A corte decidiu que a dignidade humana deveria prevalecer e proibiu a prática explorada pelo estabelecimento.
    A análise do BBB deve ser feita a partir desses pressupostos.
    1- Não poderia ser questionado juridicamente alguém que coloque em sua própria casa uma webcam e explore sua intimidade.
    2- No caso do BBB, no entanto, a exploração é feita por terceiros. É como (com o perdão da comparação) o papel da prostituta e do cafetão. E não é qualquer terceiro, mas o titular de uma concessão pública obrigado a seguir os preceitos éticos previstos na Constituição – que não contemplam o estímulo ao voyeurismo.

    Com remix de imagem de Pedro Bial obtida em Suicídio Profissional.

    domingo, 1 de janeiro de 2012

    Que em 2012 eu...


    Ano termina, ano começa e as pessoas se jogam nas listinhas (ou listonas) de pedidos pros próximos 365 dias: coisas a mudar, coisas a fazer, coisas a parar de fazer, coisas possíveis e impossíveis. 

    Boa parte delas, convenhamos, improvável: nem precisa de ciência para saber que a gente acaba não colocando em prática vários dos itens que entram na seleção de “novidades” para o novo ano. 
    Alguns, seja lá qual for a desculpa, ficam para o próximo; outros, nunca saem do “quem sabe um dia?”

    Mesmo assim, o pessoal do site 43things.com abriu uma pesquisa na qual já palpitaram mais de oito mil pessoas para compilar os pedidos de ano novo mais populares entre a galera. Até agora (a pesquisa continua aberta, então você pode passar lá também e votar), o top 10 está assim:

    1. Perder peso (1.470 votos)
    2. Comer, beber, aprender ou tentar algo novo (999 votos)
    3. Guardar dinheiro (909 votos)
    4. Ser feliz (890 votos)
    5. Definir uma meta atlética acessível, tipo correr 5 ou 10 km (822 votos)
    6. Se apaixonar (695 votos)
    7. Tirar fotos em todos os dias do ano (659 votos)
    8. Arranjar um emprego (652 votos)
    9. Ler mais (620 votos)
    10. Parar de fumar (452 pessoas)